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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010




















Querida amiga M:


Não sei o que aconteceu ao tempo, ao teu, ao nosso, para que a distância se interponha e eu não consiga amparar-te as lágrimas , como antes.
Mas antes chorávamos juntas, as lágrimas misturavam-se e depressa secavam, antes que as conseguíssemos distinguir.
Nem podemos desculpar-nos com o cinzento dos dias. Ou com o frio que nos enregela a alma.
Não podemos justificar a ausência com a distância dos kilometros, porque jurámos amizade eterna, num dia de partilhas difíceis, secretas, unas.
Então não justifico e tento captar-te a atenção, para que te distraias da dor. Que ainda pesa nesse coração sem palavras para soltar.
Claro que dizer-te que gostaria de ir em vez de enviar esta carta, é um clichè. Então não o direi.
Direi apenas, que tenho saudades tuas, saudades de inventarmos formas com as nuvens que tapam o Sol, que me fazes falta, no sorriso de gargalhada cristalina, que o teu olhar de menina ilumina as manhãs, mesmo se acordas mal disposta e que sinto falta de te ler.
Poderia dizer tanta coisa...

Mando-te um beijo , uma pétala de rosa amarela e um pouco de mim.

T.

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